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Clube Desportivo Carapinheirense

“No princípio a paixão era o futebol mas hoje o futebol é a paixão”
A partir deste “trocadilho” pretendemos deixar-vos um pouco da história do Clube Desportivo Carapinheirense que, oficialmente, nasceu a 23 de abril de 1959, pelo que se completam agora 57 anos.
E dizemos oficialmente porque, segundo se sabe, pela Carapinheira, já se davam pontapés na bola, com certeza com outras características e sem pretensões de táticas, nos princípios do século XX.
Sem grandes tentações para ficar em casa, os jovens dos vários lugares da aldeia juntavam-se e, desde que existisse um espaço plano e a hipótese de colocar umas balizas, aí estavam eles preparados para “grandes” viagens até terras vizinhas, utilizando as suas bicicletas, levando as chuteiras de travessas penduradas ao ombro, calções e camisolas rudimentares que tratavam com orgulho e paixão, joelheiras e cotoveleiras para os guarda-redes, para jogarem contra equipas amigas e em que a principal personagem, para além da bola de “cautchú”, era a bucha repartida entre todos.
Nem todos tinham acesso a essa “maravilhosa” bola e daí a grande paixão que jogar futebol proporcionava. Para além da que a equipa possuiria, muitos jovens a teriam nos sonhos e, por isso, recorriam à compra de cromos de jogadores de futebol (os seus ídolos) que envolviam uns rebuçados intragáveis e com os quais se ia enchendo uma caderneta, só que apenas havia um jogador que a permitia completar.
Como curiosidade, refira-se que saía, apenas, uma bola por caixa e o dono da mercearia, quando recebia do fornecedor a caixa de rebuçados, recebia também um envelope em que se encontrava o tal jogador que só era disponibilizado quando os rebuçados estavam quase no fim. Para resolver o problema a “malta” reunia-se, fazia uma “vaquinha” e comprava todos os rebuçados que ainda havia e, assim, tinham a certeza de que iria aparecer mais uma beleza – a desejada bola igual à dos craques de que ouviam falar….
Mas deixemos os saudosismos e a paixão e vamos avançar na história do nosso Clube. Então, depois de diversas equipas espalhadas pelo “território”, nomeadamente, “Os Cariocas”, a “Boa União Casalmatense”, os “11 Maravilhas”, o “Carapinheira Atlético Clube”, surgiu algo de mais consistente e que será a génese do que hoje conhecemos – o “Corintians Futebol Clube”.
Na verdade, em 1958, foram elaborados os primeiros estatutos para um clube que se designaria por “Coríntias Futebol Clube Carapinheirense” mas cuja designação foi recusada por ser impossível, naqueles tempos, registar um clube com um nome estrangeiro – “Coríntias” por influência da designação do grande clube brasileiro de São Paulo.
Alterados os estatutos, tudo se resolveu, tudo se tornou oficial e a partir desse longínquo ano de 1959, na Carapinheira, no concelho de Montemor-o-Velho e no distrito de Coimbra, o Clube Desportivo Carapinheirense passou a ser uma referência que não pode ser apagada.
Durante muitos anos conhecido apenas como CDC, fez, até 1970, do Campo do Pinhal da Segunda a sua fortaleza e foi aí que começou a saga de equipa vencedora que transportou para o atual campo de São Pedro.
Rua do Clube Desportivo Carapinheirense, n.º 5
3140 – 099 Carapinheira